Com muita honra e alegria apresentamos para vocês nesse domingo um especial de 6 horas com a banda
TORTURE SQUAD. Teremos uma entrevista super bacana e o melhor de toda discografia da banda, além de tocarmos também na íntegra o novo álbum Far Beyond Existence.
Atenciosamente
Titio Bron Bron
locutor do Comando Noise
TORTURE SQUAD
O Torture
Squad começou em 1989, na Zonal Sul da cidade de São Paulo, tendo Cristiano
Fusco como guitarrista e fundador, Marcelo Fusco na bateria e Marcelo Dirceu no
baixo e voz. Tocando no underground da cena metal paulistana e com nenhum trabalho
gravado até o começo da década de 90, a banda se dissolve ficando somente o
guitarrista.
Em 1993,
recrutando novos integrantes, Fusco convida para se juntar a banda o baterista
Amilcar Christófaro (RTH) e o baixista Castor (Toxic Stage). Para completar a
banda, Amilcar indica os companheiros da sua ex-banda RTH, o vocalista Vitor
Rodrigues e o guitarrista base Fulvio Pelli, dando a banda um novo e real
recomeço.
Seu metal
agressivo, pesado e técnico pode ser ouvido em seus trabalhos;
A soul in Hell (demo 1993)
Shivering (1998)
Asylum Of Shadows (1999)
The Unholy Spell (2001)
Pandemonium (2003)
Death, Chaos and Torture Alive (2004 – cd)
Death, Chaos and Torture Alive (2005 – dvd)
Chaos Corporation (2006 – EP)
Hellbound (2008)
AEquilibrium (2010)
Esquadrão de
Tortura (2013).
Coup d´État
Live (2015).
Return of Evil (2016).
Far Beyond Existence (2017)
Comentários de Amilcar Christófaro
Com a
formação estabelecida, em 1993, gravam a primeira demo tape A Soul In Hell, contendo cinco faixas.
Na sequência o guitarrista Fulvio Pelli deixa a banda, fazendo com que desde
então o Torture Squad opte musicalmente por ter apenas uma guitarra, fazendo
com que a banda trabalhe mais a “cozinha” da banda, tanto por suas influências
quanto para suprir a falta de outra guitarra.
Shivering, o
primeiro álbum que deveria ter sido lançado em 1995, por diversas falhas de
terceiros, é lançado somente em 1998. Com a banda tocando bastante, e sempre
dando muita importância em levar o próprio equipamento para os shows, sabiam
que isso era vital para as pessoas entender a música exatamente do jeito como
ela foi composta.
“Nunca
pensei em não levar minha bateria. Só, é claro, se não tivesse jeito mesmo. Se
eu compus uma música que tem uma virada usando três tons da bateria, isso tem
um porque, não é aleatório, e com os caras isso era em relação a timbre, peso,
qualidade, então naturalmente tínhamos essa preocupação em levar o próprio
equipamento. Me lembro de quando o Cristiano comprou um JCM900 da Marshall eu pirei
com o peso da guitarra. Ao vivo ficava com o mesmo punch do ensaio, e com
certeza isso fez uma diferença em fazer as pessoas prestarem atenção na banda.”
O primeiro
álbum foi rapidamente seguido por seu segundo trabalho, Asylum of Shadows, de
1999, gravado em São Paulo no estúdio Mr Som, com produção de Pompeu e Heros
Trench do Korzus.
“Mesmo com o
atraso do lançamento do Shivering a gente não parava de ensaiar e compor, ainda
mais naquela época. Estávamos pegando fogo para compor e sair tocando, e por
isso que os lançamentos dos dois primeiros discos foram bem próximos um do
outro, porque foi juntando muita música.”
No ano
seguinte, em 2000, a banda embarca pela primeira vez para a Europa para a Who
Wants Some Metal Tour, com sete datas na Alemanha, fruto de um intercâmbio com
a banda alemã Grin, que viria ao Brasil no final de 2001.
“Com muito
sacrifício conseguimos fazer a nossa primeira turnê na gringa. Conhecer outras
culturas, e sentir como headbangers de outras nacionalidades responde a sua
música é muito legal. Com certeza isso fez crescer muito a nossa confiança e
devoção na banda.”
Em 2001, o
Torture Squad lança seu terceiro álbum, The Unholy Spell, eleito por público e
imprensa especializada, como um dos melhores álbuns de metal do Brasil lançados
naquele ano. Gravado em São Paulo no Da Tribo Studios com produção de Ciero e
coprodução de Tchelo Martins.
Neste mesmo
ano, a banda lança seu primeiro videoclipe para a música Abduction Was The
Case, exibido por diversas vezes na MTV Brasil, no excelente e extinto programa
Fúria Metal.
Em 2002, o
guitarrista Cristiano Fusco deixa a banda sendo substituído por Mauricio
Nogueira (ex-Krisiun), que já entra na estrada, fazendo a primeira turnê
brasileira, a Unholy Legion Tour 2002, ao lado do Nervochaos.
“Estávamos
indo para a nossa primeira turnê brasileira, passar dias na estrada, ou seja,
tudo que sempre buscamos. Mesmo com o fundador da banda saindo, não nos
abalamos de forma alguma, e já estávamos compondo para o próximo disco, que
viria a ser o Pandemonium. Estávamos numa empolgação muito grande com as
músicas, porque estava no mesmo feeling de sempre, a mesma atitude, buscando
naturalmente inovar e evoluir dentro do
nosso estilo.”
O Ano de
2003 chega e a banda lança o álbum Pandemonium. Eleito pelos leitores da
revista Roadie Crew, a maior revista de Heavy Metal do Brasil na atualidade,
como o melhor álbum de metal do Brasil em 2003.
O Torture
Squad é votado para ser o headliner do Brasil Metal Union Fest, um dos mais
importantes festivais de metal do Brasil, que aconteceu em São Paulo, com o
show dando o inicio da Pandemonium Tour.
Entre 2004/2005,
a banda lança seu primeiro CD e DVD ao vivo, Death, Chaos and Torture Alive, e
excursiona por todo o Brasil por quase dois anos divulgando esse primeiro
registro ao vivo.
“Não
tínhamos a intenção de gravar esse DVD. Para a gente claro que seria grande show
com o Desaster em São Paulo, mas nada mais.Então a Mutilation Records, que foi
a realizadora do show e a gravadora que lançou o Pandemonium, já iria gravar o
DVD deles, então ele veio com a proposta, sendo assim pensamos...Porque não?”
Em 2006,
dando sequência a Death, Chaos and Torture Alive Tour, a banda volta à Europa
para fazer 18 shows entre a Alemanha e Áustria, incluindo um show no
Musikmesse, segunda maior feira de música do mundo e maior da Europa, que
acontece em Frankfurt na Alemanha.
Ainda em
2006, o Torture Squad se apresenta pela terceira vez no Brasil Metal Union, em
São Paulo, na casa de show Espaço das Américas. Dessa vez como co-headliner,
tendo Krisiun e Angra como atrações principais.
A Death,
Chaos and Torture Alive Tour, se extendeu pela América do Sul passando por
Paraguai, Chile, Peru, Equador, Colômbia e Panamá. Neste mesmo período a banda
já trabalhava em seu próximo álbum, e em novembro de 2006, lança o EP Chaos Corporation.
O EP contém
duas faixas inéditas, Chaos Corporation
e The Beast Within, mais 3 faixas remasterizadas da sua fita demo A Soul in
Hell (1993) como bônus.
Em junho de
2007, aconteceu no Brasil o Metal Battle. Uma seletiva mundial de bandas feita
pelo festival alemão, Wacken Open Air,
onde a banda vencedora, ganha o direito em tocar no próprio festival na
Alemanha, na cidade de Wacken.
O Torture
Squad participou e foi a banda escolhida pelos jurados para representar o
Brasil no Wacken Open Air Festival, em agosto de 2007. Na Alemanha,
participando do Metal Battle do próprio festival, disputando com bandas do
mundo inteiro, novamente a banda é escolhida vencedora, e com isso assinam um
contrato com a gravadora alemã Wacken Records, tendo assim o seu próximo álbum
lançado na Europa.
“Nunca vou
associar música com competição, nunca. Então vimos no Metal Battle, um dos
vários caminhos de alcançar o que sempre buscamos, que é um contrato com uma
gravadora gringa. Mesmo muito antes de participarmos desse evento, a gente
divulgou a banda para as gravadoras de fora do Brasil, mandando cd, vídeos e
releases por correio, e como até a data do evento não tínhamos assinado com
nenhuma gravadora, isso nos deu abertura em participar. Não tínhamos nada a
perder e para a nossa sorte deu tudo certo, então quando tudo rolou, finalmente
tínhamos um contrato com uma gravadora para lançar nossos discos na Europa.”
Em janeiro
de 2008, Maurício Nogueira deixa a banda e Augusto Lopes (ex-Eternal
Malediction) entra em seu lugar. No mesmo ano, a banda embarca para a Hellbound
Tour com 60 shows por toda Europa, incluindo outro show no Festival Wacken Open
Air daquele ano, tendo mais tempo de set e sendo um dos headliners de um dos
quatro palcos do festival, o Wet Stage.
Após o
lançamento de Hellbound e sua excelente repercussão no mundo inteiro, a banda
fez a segunda parte da Hellbound Tour pela Europa novamente, e dessa vez com
duas lendas do thrash metal, Overkill e Exodus.
A turnê
começou no dia 20 de fevereiro em Londres, com a banda tocando pela primeira
vez na Inglaterra, totalizando mais 40 shows em países como Espanha, Alemanha,
Itália, Holanda, Suíça e República Checa.
Em Janeiro
de 2010, pela primeira vez, tocam na Argentina, fazendo 5 shows na grande
Buenos Aires. O álbum AEquilibrium foi lançado na Europa e no Brasil em agosto
de 2010. Neste novo lançamento, a banda grava uma nova versão para a
faixa-título de seu terceiro álbum The Unholy Spell, que é incluída como faixa
bônus, com o título de The Unholy Spell 2010.
O álbum foi
gravado São Paulo, no Norcal Studios, com os produtores Brendan Duffey e
Adriano Daga.
“Queríamos
um som mais limpo e pesado no AEquilibrium dando ênfase na cozinha da banda mas
sem tirar o peso. Acredito que conseguimos isso. Gosto muito da produção desse
disco.”
Em Janeiro
de 2011, o guitarrista Augusto Lopes deixa a banda e em seu lugar entra André
Evaristo (ex-Magister e Sounder). Mesmo com a mudança na formação, a banda não
para, ficando até julho do mesmo ano na estrada. Um mês depois, a banda faz
Aequilibrium European Tour 2011, novamente com mais de 40 shows em 12 países
até o final de outubro, tocando pela terceira vez no festival alemão Wacken
Open Air, fato que faz do Torture Squad naquele momento, ser a única banda
brasileira a tocar três vezes no festival.
Retornando
ao Brasil, o Torture Squad é convidado pelos americanos do Overkill a tocarem
juntos no show de São Paulo, e pela primeira vez no estado do Amapá, a banda é
headliner no festival Quebramar, em Macapá.
Em março de
2012, após 19 anos no line up, o vocalista Vitor Rodrigues deixa a banda. Com
isso, a banda assume ser um trio com André Evaristo assumindo os vocais junto à
guitarra.
“A primeira
coisa que pensamos foi falar para o André para ele fazer o vocal, porque ele já
tinha tocado e cantando nas antigas bandas dele, então era só uma questão de
readquirir a prática e fazer uma voz mais agressiva. Sei muito bem que a tarefa
dele seria muito difícil, mas se ele aceitasse e rolasse, na nossa visão, seria
perfeito para a banda, e foi o que aconteceu.”
Tocando com
o Anthrax e o Misfits em São Paulo no HSBC e pela primeira vez em Palmas (TO)
como atração principal no Tendencies Festival, no dia 10 de agosto do mesmo
ano, a banda é headliner do Quito Fest 2012, um dos festivais mais renomados da
América do sul, realizado na cidade de Quito no Equador, para um publico
aproximado de 25 mil pessoas.
No ano de
2013, a banda comemora 20 anos do lançamento da demo-tape A Soul In Hell,
celebrados na turnê Twenty Years Torturing People Tour 1993-2013, iniciada em
maio na Europa ao lado do Artillery, Gama Bomb & Tantara, com 18 shows em
20 dias.
De julho a
agosto de 2013 a banda escolhe novamente o Norcal Studios para gravar seu
sétimo álbum de estúdio intitulado Esquadrão de Tortura. Repetindo a parceria
de Brendan Duffey e Adriano Daga na produção.
Esquadrão de
Tortura é o primeiro álbum gravado como um trio, a ter o nome em Português e
ser liricamente conceitual, contando em ordem cronológica, o período em que o
Brasil foi governado por um regime militar (1964 a 1985).
A data
oficial do lançamento foi 15 de novembro, dia da Proclamação da República do
Brasil.
“Sem dúvida
nenhuma o Esquadrão de Tortura é um dos álbuns mais importantes das nossas
vidas. Manteve a banda firme e forte, em um período que precisávamos mostrar
para nós mesmos que a estrutura da banda estava lá. Naturalmente isso
aconteceu, e as pessoas notaram isso.”
Em 2014 nos
meses de Julho /Agosto, a banda faz sua segunda turnê sul americana com treze
shows em quatro países; Chile, Peru, Equador e Paraguai. Finalizando o ano,
gravam no dia 20 de dezembro em São Paulo, o dvd ao vivo, “Coup d´État Live”,
lançado em julho de 2015.
Em setembro
do mesmo ano, o vocalista/guitarrista André Evaristo deixa o Torture Squad
sendo assim a banda volta ao seu line-up tradicional como quarteto trazendo
Mayara “Undead” Puertas (Ex- NECROMESIS) nos vocais e Rene Simionato (Ex-IN
RUÍNAS e GUILLOTINE) na guitarra, dando continuidade a tour do cd e dvd ao vivo
“Coup D´État Live”.
Já com a
nova formação, a banda entra em estúdio para gravar o EP Return of Evil, que
conta com quatro músicas; as inéditas “Return of Evil” e “Swallow Your
Reality”, “Iron Squad” e a regravação de “Dreadful Lies”, música originalmente
lançada no primeiro álbum Shivering (1998). O EP também conta, como faixa
multimídia, o vídeo clipe de “Return of Evil” e um mini documentário da
gravação, contendo vídeos de “Dreadful Lies” e “Iron Squad” feitos
exclusivamente para o EP, lançado em março de 2016.
Após o ano
de 2016 ser dedicado totalmente a divulgação do EP Return of Evil, com uma
turnê histórica pelo Brasil entre agosto e setembro, tendo vinte oito shows em
trinta e dois dias, com show todos os dias, a Return of Evil European tour com
dezoito shows em novembro, e uma tour de treze shows pelo interior paulista e
Paraná já em fevereiro de 2017, entre as turnês, a banda se prepara para a
gravação do próximo álbum.
Com o mesmo
time de produção do EP Return of Evil
(2016), Wagner Meirinho e Tiago Assolini, a banda entrou nos estúdios Loud
Factory e Orra Meu, em São Paulo, entre os meses de abril e junho de 2017, para
gravar as nove músicas do novo álbum, além de quatro faixas bônus.
Banda e
produtores optaram pela sonoridade mais pesada e limpa possível. Essa escolha,
somada à exigência dos produtores e à precisa execução dos músicos na gravação,
pode ser sentida, de forma clara, na agressividade, no peso e na musicalidade
do álbum.
Far Beyond Existence contou com muitas participações,
como as de Dave Ingram (Haill of Bullets, ex-Benediction, Bolt Thrower), em Hate; Edu Lane (Nervochaos), na narração
em Cursed by Disease; Luiz Louzada
(Vulcano, Chemichal Desaster), em You
Must Proclaim; Alex Camargo (Krisiun), na versão de Just Got Paid, dos texanos do ZZ Top; Marcello Schevano (Carro
Bomba, Golpe de Estado, Casa das Máquinas), tocando Hammond na inédita Torture in Progress, e Fernanda Lira
(Nervosa), na versão de Divine Step,
da banda suíça Coroner.
Nas letras,
são abordados diferentes tópicos, como as questões da vida que estão além da
compreensão humana (Far Beyond Existence),
passando por inspiradoras mensagens de atitude (Steady Hands), palavras ¨amorosas¨ para os políticos brasileiros (Don´t Cross my Path), até filosofias de
vida do Bruce Lee (Hero for the Ages).
A capa, desenvolvida
exclusivamente para a banda, foi feita por Rafael Tavares e contém detalhes
significativos que remetem ao tema do álbum. A imagem do crânio representa os
humanos; a serpente, os animais; o céu e as rochas, o universo; e o olho do
réptil e do crânio simbolizam portais para um mundo que ainda não conhecemos.
Far Beyond Existence. O oitavo álbum de estúdio do foi
lançado no dia 13 de julho, dia mundial do Rock. A turnê do álbum começou no
Brasil no mês de agosto, com vinte e seis shows em trinta dias, seguido de uma
mini tour de cinco datas na Argentina.
Far Beyond Existence (2017)
ASSESSORIA EXCLUSIVA
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